sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Confissões do agressor de Davide José

Olá. Chamo-me António José, mais conhecido como Toninho no mundo dos negócios e como Tó Zé no Mundo da Violência. Desde pequeno que guardo em mim um certo rancor. Não sei se foi devido ao facto de levar na cara dos meus pais em casa durante a minha nostálgica infância, mas sinto que fiquei traumatizado. Ora bem, eu tenho uma história de vida, e é isso que eu venho aqui relatar. Desde que Davide José entrou no nosso ano lectivo notei o seu estilo e pensei para comigo “Isto é boca p’ra porrada!”. Veio ele todo pomposo ter comigo, olhei-o nos olhos e vi o quão amaricado ele era e pensei para comigo novamente “Isto é olhos p’ra porrada!”. Decidi acalmar os ânimos saindo da sua beira, mas, inesperadamente, no dia posterior veio novamente ter comigo, ao qual penso “O que é que este gajo quer?” e ele chega à minha beira e cumprimenta-me, não parando de olhar para mim, ao qual lhe digo:

-Queres uma foto?

-Quero! – respondeu solenemente Davide José.

- E um bife, não queres?

- Só se fores cavalheiro e me pagares a mim! – retorquiu novamente Davide José.

- E um bilhete, não queres?

- Para que filme? – indagou-me.

- “Quem quer ser Bilionário?” – respondi-lhe – Queres ser o actor principal?

- Ah! Quero!

Aí, eu arregacei uma manga, arregacei a outra, deixei cair o casaco e assapei-lhe com a sola da minha sapatilha da nike (ou da adidas , não tenho a certeza). Eu a pensar “é desta que ele vai parar de me incomodar.”

No dia seguinte chega ele todo coberto de hematomas a dizer que gostou muito e que queria voltar a repetir a experiência que ele descreveu como sendo “um sonho cor-de-rosa”; aí puxei do cinto da Resina (ou seria Bufu?) do meu colega ao lado, entrelacei-o na minha mão (o cinto, claro) e dei-lhe, sem fazer grandes contas, uma valente chibatada. No final deste acontecimento, Davide José, olha para mim e diz-me assim:

-Olha para mim, tudo tem um fim, falamos depois, a qualquer hora, olha para mim, tudo tem um fim... – cantou entusiasticamente Davide José devido ao toque polifónico que surgira ao receber uma chamada no seu telemóvel.

E ainda teve o descaramento de ripostar com a seguinte cantoria:

- Encosta-te a mim, eu já levei mil socos, encosta-te a mim, talvez esteja a te enganar, recebe este abraço que não traz algum engano e dá-me um banano, quero adormecer!

Eu rio-me que nem um doudo das suas cantorias e digo-lhe:

“Não deves acreditar na morte.” E virei costas, surpreendendo-me de seguida ao sentir um abraço por trás. Olho assim de relance e, para minha surpresa, era o Davide José com cara de parvo (para variar).

E dou-lhe dois semelhantes.

Como é possível haver alguém tão masoquista? Não conhecerá ele a minha nobre reputação de agressor? Não compreendo porque tenta ele sequer travar amizade comigo, deve ser suicida.

Bem... desde que não seja bombista!

Pois bem, que deixar aqui expressa a minha indignação de "aviolentador" ao dizer que uma vítima em condições não pode ser assim! A gostar do sofrimento, mas que raio... Nós agressores, contribuidores para toda a humanidade queremos que as nossas vítimas guinchem, saltem, inalem os seus próprios gritos de pavor e dor!

Isto não ficará assim, vou-me queixar ao sindicato!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Confissões de um aviolentado

Olá. Chamo-me Davide José e estou coberto de hematomas. Digamos que a minha vida é uma constante repetição de sucessões repetitivas, ou seja, acabo sempre o dia a levar porrada e, claro, eventualmente começo-o da mesma forma. Mesmo assim, acho o meu dia-à-dia pouco rotineiro, o que facilita a passagem do tempo quando estou enfadado. Às vezes estou a levar porrada e penso que ainda é cedo, mas quando olho para o relógio vejo que já são horas de ir embora, transtorno-me um bocado pois queria, obviamente, desfrutar ainda mais de este acto de confraternização que é, mais especificamente, levar na cara.

Se me perguntassem “Gosto da vida que levo?” responderia muito complexamente e elaboradamente que “Sim.” E se me perguntassem se gostaria de mudar o meu estilo de vida... a resposta seria novamente “Sim.”, devido ao facto de eu curtir as companhias com que eu ando e o facto deles baterem-me que nem gajos assanhados, o que me facilita um bocado porque eu não gosto de fazer Educação Física e assim tenho uma desculpa para não a fazer.

Muitos conhecidos meus já me disseram “Pára José! Pensa na tua vida! Achas que isso é alguma forma de viver?” ao qual eu digo “Sinceramente, que tens tu a ver com isso? Se eu gosto, gosto! Não és tu que vais opinar sobre os meus assuntos pessoais.” E eles lá vão embora com o rabo entre as pernas só pelo meu tom de voz maricas.

Assim termino com alguma angústia devido ao facto de não poder contribuir com algo mais para a realização deste tenro blogue. Abraços aos membros,

A vitima feliz.

Mensagem aos possiveis leitores deste blog

Olá. Somos alunos da Escola Secundária Francisco de Holanda, da turma 12ºCT2.
Queremos que este blog seja alvo de comentários, afim de podermos melhorar o nosso trabalho/projecto....Semanalmente iremos actualizar este blog com historias dramáticas e talvez alguns vídeos realizados por nós para que os nossos caros leitores fiquem um pouco elucidados acerca da violência que ocorre no Mundo. No final do presente ano lectivo 2009/2010, quarenta anos antes da desertificação, iremos divulgar uma longa metragem que iremos trabalhar ao longo destes três períodos. Portanto agradecíamos qualquer feedback ou opiniões ou sugestões para o nosso filme. Como devem já ter reparado, estamos a falar do tema da violência.

Com os melhores cumprimentos dos membros pertencentes a este blog.