sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Uma história de perder a cabeça

Saudações, caros amigos,
Desde que li pela primeira vez o vosso blog (aquela fatídica primeira vez) não pude deixar de me sentir comovido ao denotar que via algo de familiar nas experiências que foram aqui relatadas. Sinto que já as vivi algures!
Vejam só o meu caso de ontem à noite, quando fui alvo de agressão no vidro direito do meu querido carro, topo de gama e tudo – vejam só, um Fiat uno, e novo!

Ia eu todo descontraído e feliz da minha vida, numa simples viagem, a meio da auto-estrada que passa convenientemente em Vila Nova do Barraco, senão quando algo de excêntrico embate no meu pobre veículo.
Fiquei assustado de imediato, pois o meu Fiat, sim, a minha paixão de quatro rodas, podia ter ficado amassado! E aí, dar-se –ia uma tragédia. Por isso, encostei à berma da estrada para constatar, o que raio poderia ter sucedido. Tal foi meu espanho quando dei de caras com algo de peganhento no meu vidro… e não era uma pastilha elástica de há duas semanas atrás, como era de esperar…
Muito estupidamente me perguntei, ao vislumbrar uns miúdos a atirar ovos…
“Quem terá sido?”

Decidi ir lá ter com eles, e perguntar-lhes se nenhum deles tinha visto quem atirou o tal objecto ovóide que por acaso fora produzido por um galináceo (convém também constatar que quem veio primeiro foi a galinha e não o ovo).
Logicamente, que perante a minha inocente pergunta eles não se denunciaram…
Daí que vi que todo o esforço que podia exercer para que se vá… “chibassem” era inútil, e, resignado, voltei para a minha viatura para logo após prosseguir marcha.

De repente… ouço um barulho sibilante… “O que foi agora?”
E BINGO! Um furo no Pneu!
“Raios me partam, porquê eu?”

Tinha de proceder à sua substituição, como é claro, e por isso abri a porta do carro e saí para fora (ou terei saído de dento e entrado para fora? Eis uma questão filosófica...).
Subitamente, sou cegado por uma luz da Lua que veio a meu encontro… Pensei: “Ah Jesus! És tu? Vens-me mudar o pneu?”
Só reparei que estava errado quando o primeiro ovo me acertou na cabeça e vi uma clara algo peganhenta a escorrer-me da face. Mais dez vieram em rota de colisão.
Tinha que fazer alguma coisa, e, está claro, a minha primeira reacção foi enfiar-me no carro.
Pensei para comigo: “Mais uma! Tudo me acontece hoje!”.
Procedi depois a olhar pelo vidro e vejo os miúdos com quem tinha trocado palavras anteriormente.
Não, isto não ia ficar assim: tinha que fazer alguma coisa, antes que me tornasse gemada… literalmente!
A minha única reacção foi sair do carro com grande comoção e impelir-me do assento que nem um garanhão para depois vislumbrar os meus adversários nos olhos. Numa tentativa de defender a minha honra lancei o grito de guerra mais épico que consegui encontrar à mão:
“JÁ MAMAS!”
E claro, como era previsível, levo no focinho de um puto de dez anos.
Claro, fiquei algo chateado… especialmente por não ter conseguido impor respeito… mas decidi que não tinha mais nada a fazer e, depois de mais uma salva de ovos (provavelmente fora de prazo) durante a qual reuni todas as forças que pude para mudar o pneu enquanto era bombardeado, consegui escapulir-me na minha viatura.
Mas algo me dizia que esta maré de boa sorte não ia ficar por aqui…
Depois de ter percorrido toda a Vila Nova do Barraco City e de ter chegado à Vila de Guimarães, cheguei a uma praça que estava ali perto, estaciono lá o carro e vou a pé em direcção a Nenhures. Enquanto caminhava, as pessoas fartavam-se de olhar para mim, não sei porquê… se calhar não estavam habituadas a ver um indivíduo cheio de gemas e cascas de ovo espalhadas pelo casaco.
Não é quando eu passo numa passadeira, vem uma mota e PIMBA! Passa-me a ferro! Conclusão: parti a perna. Grande sorte a minha! Mas tudo bem… a vida vai em frente. Hospital? Isso é para José Davides!
Depois olhei para o mapa e vi que Nenhures ainda era um bocado longe de onde me situava e achei que talvez fosse melhor apanhar o comboio, visto que já me encontrava demasiado longe do carro para voltar atrás e por isso, dirigi-me a pé (coxinho) para a estação mais próxima. Comprei então um bilhete para a estação de Algures, que fica mesmo ao lado de Nenhures (porque em Nenhures não há estação de comboios).
Mas… para meu deleite, quando vou apanhar o comboio, tropeço com a perna partida e, trás! Fui de linha à cabeça… que dizer, de cabeça à linha!
“Tudo bem, agora não pode acontecer nada de pior, amanhã o dia vai correr muito melhor! Não é preciso perder a cabeça por isso!”
Devia estar calado…
Olhei para o lado, ainda de fronte colada aos carris e vi um comboio a passar, ofegante, levando a minha pobre cabeça. Doeu um bocado, digamos assim.
Foi nessa altura que não me pude conter e perdi mesmo a cabeça!
Claro, toda a gente ficou um pouco assustada com aquela cena algo chocante, a polícia juntou-se à minha volta, estabeleceu-se um perímetro de segurança…
E eu simplesmente levanto-me mas só vejo a linha…
-“Caramba! Preciso de Óculos!” - gritei incomodado, logo após de pegar na minha cabeça e apanhar o comboio, que, reparei, chegou.
O comboio arrancou depois fugazmente e fez chiar os carris com todo o vapor, eu entro na minha carruagem e os passageiros têm a oportunidade de contemplar a minha face. Imediatamente, assustam-se e desatam a correr em todas as direcções que nem galinhas sem cabeça, provavelmente cientes da minha reputação louvável no mundo underground da violência.
Mas, esse, o corajoso Geresvásio, teve o desplante de ficar sentado ao meu lado, simplesmente a dormir. Ressonava, roncava que nem uma baleia depois da Primavera, e decidi que seria melhor acordá-lo do seu sonho de beleza.
“Amigo, acorde. Precisava de uma informação ultra-secreta...” afirmei eu, murmurando perante a penumbra do meu peganhento casaco.
Geresvásio boceja e afirma solenemente:
“Eh pá, acordaste-me!”
“Eu sei.”
“Ah, ‘tá bem.”
“Importa-se de me dizer se este comboio pára em Coimbra?” perguntei-lhe, lembrando-me que nesse dia jogava o Vitória contra o Académica.
“Sim, daqui a uma hora chegamos lá.”

E assim, após a uma hora que passei naquele comboio, cheguei finalmente ao estádio de Coimbra e depois de uns inspiradores 90 minutos de jogo, pude constatar...
...que os dois golos sofridos pelo Vitória me fizeram novamente perder a cabeça.

8 comentários:

Anónimo disse...

Estava na rua a ouvir o King Michael Jackson quando soube que ele morreu.
Além de por as maos nos genitais quando soube dei uma carga de pancada num puto que ia passar por mim

Desculpa miudo

Anónimo disse...

ya eu tambem tava na rua a coça-los e vi-te a bateres no miudo...ele ate ficou contente

o joao davide sem "e" idiotas ficou de tal forma familiarizado com a situaçao que ja pensou em escrever mais com ideias do "The Best" para o blogue

Anónimo disse...

Este blogue é uma merda....


Porque é que será que no fim de escrever este comentário levei um porradão não sei de quem? *.*

O Mete-Nojo, também conhecido como "Olá LOL" disse...

Lol

Anónimo disse...

eu tambem tava la e era o gajo que tava a passear o cao que so por acaso se chamava andre. e vi a cena toda...

o andre exaltou se com a situaçao...(engraçado...tambem tenho um animal na turma chamado andre...estranha coincidencia...)

FA

Anónimo disse...

ola eu sou o Gustavo e sou rebelde... no outro dia tava o miguel a falar para mim e virei-lhe deixando-lhe a falar para o boneco...quando lê rio-me na sua cara... ele adora olhar me de canto pensando que me mete medo...

conclusao levou no focinho e disse
"j`adore"

Anónimo disse...

ola os nossos nomes sao H e L ! Eu H gosto bastante dos pelos peitorais do bolacha ou bubu pos amigos ! E eu L estou à espera que o bolacha pratique sexo intenso comigo +.+

ADMIN disse...

quero desde já arregimentar algo explicito colado nos comentarios do blog...

agradeciamos as pessoas que fizeram comentarios a insultar os membros do blog parassem senao seremos obrigados a tirar a opção anonimo e assim terao de usar uma conta e como tal havera dp consequencias

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